Em janeiro de 2012 eu e minha esposa Kathia tivemos nossa tão esperada filha, Maria Regina. Ela veio com Síndrome de Down, ficamos sem chão. Poucos meses depois estávamos entrando na APAE com a Maria nos braços, onde fomos amavelmente acolhidos. Foi assim que comecei a conhecer o mundo e a realidade das pessoas com deficiência intelectual e de suas famílias.

Pessoas com deficiência intelectual são cheias de vida e alegria. Como todos, elas têm seus desejos, sonhos e frustrações. Mas talvez sejam o elo mais frágil da sociedade já que muitas não tem a capacidade de discernir ou verbalizar seus sentimentos para se defender perante tantos desafios que a vida as apresenta.

Infelizmente a realidade é difícil para muitas destas pessoas e suas famílias, principalmente aquelas com menos condições de arcar com os custos dos tratamentos e terapias necessárias para o melhor desenvolvimento do seu filho ou filha deficiente.

Mas nós podemos e estamos fazendo muito para mudar essa realidade e melhorar a qualidade de vida da pessoa com deficiência através da prevenção, apoio à família, tratamento, garantia dos direitos e inclusão social.

Esse é o propósito da APAE de Jaraguá do Sul, que é realizado através de muitas pessoas de bem.

Começando pelas famílias que são a primeira e a principal rede de apoio, onde o processo de inclusão começa e onde o amor, o carinho e a perseverança operam verdadeiros milagres.

Os profissionais que trabalham na APAE, incansáveis na busca de superação para cada um dos nossos usuários, fazendo isso com tanto carinho e dedicação.

A Diretoria Executiva e os Conselhos que formam a estrutura de governança da APAE e não medem esforços na busca da sustentabilidade e excelência para a instituição.

Os governos federal, estadual e municipal que disponibilizam os recursos tão necessários para o custeio de boa parte das nossas atividades.

E finalmente, nós todos da sociedade de Jaraguá do Sul, Schroeder e Corupá que podemos fazer uma grande diferença através do trabalho voluntário, de contribuições, doações e principalmente através do exemplo na educação dos nossos filhos para que possam conviver naturalmente com pessoas com deficiência.

Hoje a Maria Regina é uma menina saudável, alegre, cheia de vida, frequenta a escola regular e segue superando seus desafios de desenvolvimento. Eu continuo contribuindo com a APAE de Jaraguá do Sul e aproveitando os tantos momentos gratificantes que isso me proporciona.